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Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária disponibiliza relatório de Sinistralidade e Fiscalização Rodoviária de outubro de 2020

Este relatório apresenta os dados de sinistralidade e fiscalização rodoviária em várias dimensões – dias da semana, período horário, fatores atmosféricos, natureza, localização, tipo de via, distrito, categoria de utente, categoria de veículo, entidade gestora de via e localização – bem como a comparação comos valores homólogos registados em 2019.

Nos primeiros dez meses do ano, registaram-se 21.337 acidentes com vítimas no Continente, dos quais resultaram 336 óbitos ocorridos no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde, 1.518 feridos graves e 25.031 feridos leves.

Os valores apurados revelam uma melhoria nos principais indicadores de sinistralidade, comparativamente com o período homólogo de 2019: verificaram-se menos 8.098 acidentes com vítimas (-27,3%), menos 61 vítimas mortais (-15,4%) menos 436 feridos graves (-22,3%) e menos 10.904 feridos leves (-30,3%).

Dos valores dos primeiros dez meses de 2020, destacam-se as seguintes dimensões:

  • A colisão foi a natureza de acidente mais frequente (51,2% dos acidentes com vítimas, 43,4% dos feridos graves e 55,7% dos feridos leves), apesar do maior número de vítimas mortais ter resultado de despistes (+46,7%). Face ao período homólogo, nesta tipologia de acidente verificou-se uma redução de 25 vítimas mortais (-13,7%) e de 84 feridos graves (-16,6%). Nos atropelamentos registou-se menos 1 vítima mortal (-1,8%) e menos 151 feridos graves (-41,1%) e nas colisões verificou-se um decréscimo de 35 vítimas mortais (-22,0%) e de 201 feridos graves (-23,4%).
  • Quanto ao tipo de via, a maioria dos acidentes com vítimas, bem como das vítimas, ocorreram em arruamentos: 62,7% dos acidentes, 34,5% das vítimas mortais, 43,3% dos feridos graves e 60,8% dos feridos leves. Face ao período homólogo, o maior decréscimo de vítimas mortais e feridos graves, em valor absoluto, registou-se nos arruamentos         (-14 e -261, respetivamente).
  • No que respeita à entidade gestora de via, mais de metade (52,1%) das vítimas mortais registaram-se na rede rodoviária sob responsabilidade de 4 gestores de infraestruturas: Infraestruturas de Portugal (41,1%), Brisa (4,5%), Ascendi (3,6%), e da Câmara Municipal de Lisboa (3,0%).
  • Relativamente à categoria de utente, 67,6% do total de vítimas mortais eram condutores, 15,2% passageiros e 17,3% peões. No caso dos feridos graves, a proporção de condutores foi ligeiramente superior (68,3%), enquanto a de passageiros aumentou para 17,4% e de peões diminuiu para 14,3%. Comparativamente com o período homólogo, verificou-se uma melhoria ao nível dos condutores e passageiros vítimas, com especial destaque para o número de passageiros mortos (-33,8%) e de peões gravemente feridos (-43,6%).
  • Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros apresentaram maior expressividade (74,4%), bem como uma redução mais elevada do que os restantes veículos relativamente ao ano anterior (-32,0%).
  • No âmbito da fiscalização, foram fiscalizados mais de 95 milhões e 600 mil veículos, um aumento de 27,2%, em comparação com igual período de 2019, devido ao acréscimo de 32,0% dos sistemas de radares da ANSR (rede SINCRO) e de 37,4% dos radares da PML. Nestas ações foram detetadas mais de um milhão de infrações, o que representa uma diminuição de 2,7% face ao ano anterior.
  • Relativamente à tipologia de infrações, 63,2% do total registado nestes 10 meses foi referente a excesso de velocidade.
  • Por fim, a taxa de infratores (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) foi de 1,1%, o que reflete uma redução de 23,5% comparativamente com 2019.

O combate à sinistralidade rodoviária é a prioridade da ANSR, mas este combate só é vitorioso se os vários intervenientes do sistema e toda a sociedade assumirem o seu compromisso e a sua responsabilidade nesta causa e trabalharem em conjunto para uma visão e objetivo comum.

A responsabilidade pelo sistema rodoviário é partilhada por todos, e os bons resultados obtidos são a soma dos resultados de cada um.

Este é o caminho para um sistema de mobilidade rodoviário seguro rumo à Visão Zero, em que todos escolhem dar prioridade à vida.

O relatório pode ser consultado no site da ANSR (www.ansr.pt).