Câmara Municipal de VRSA recupera Edifício da Alfândega para uso público
O Edifício da Alfândega, também conhecido como Casa da Alfândega, um dos mais importantes e simbólicos imóveis históricos de Vila Real de Santo António, regressou à tutela municipal.
O acordo foi alcançado com a empresa concessionária do atual Hotel Bordoy Grand House Algarve (antigo Hotel Guadiana), através de um aditamento ao contrato de exploração celebrado em 2015, permitindo que a Casa da Alfândega regressasse à gestão pública 20 anos antes do prazo inicialmente previsto.
Celebrado em 2015, este contrato previa a exploração do Hotel Guadiana e do edifício até 2045. No entanto, a Casa da Alfândega permaneceu encerrada e sem utilização, vedada ao acesso da população.
A decisão agora tomada pela autarquia garante que a Casa da Alfândega possa estar ao serviço dos munícipes e visitantes, reforçando o interesse público.
O entendimento não implicou custos adicionais para as finanças municipais, uma vez que a Câmara cedeu outro imóvel à empresa, mantendo inalterada a parte contratual relativa ao hotel.
A Casa da Alfândega deverá ser agora transformada numa unidade expositiva e acolherá também serviços municipais ligados à preservação patrimonial.
Este imóvel, que integra o Conjunto de Interesse Público do Núcleo Histórico Pombalino de Vila Real de Santo António, reafirma o compromisso da Câmara Municipal com a proteção e o reconhecimento do legado histórico da cidade.
O legado da Casa da Alfândega
A Casa da Alfândega foi a primeira construção inaugurada durante a edificação da vila pombalina. Localizada junto às Sociedades de Pesca, divide a cidade em duas metades simétricas, e a sua arquitetura, marcada por dois torreões de vigilância, foi fundamental para a cobrança de impostos sobre as trocas comerciais com Espanha e para o combate ao contrabando, desempenhando um papel central na fundação de Vila Real de Santo António.
