Cultura

Feira da Dieta Mediterrânica continua a festejar o Património Cultural Imaterial da Humanidade 

A Feira da Dieta Mediterrânica regressa a Tavira, entre 05 e 08 de setembro.

O programa do certame reflete um trabalho de colaboração desenvolvido pela comissão organizadora.

Esta Feira inclui a participação de países, instituições nacionais e regionais, representantes e manifestações dos patrimónios imateriais reconhecidos pela UNESCO, expositores de artesanato e produtos tradicionais, além de mostras botânicas e de sementes. Haverá também demonstrações gastronómicas e música mediterrânica com concertos ao vivo de intérpretes de Espanha, França, Itália, Marrocos, Macedónia…

Música portuguesa, danças tradicionais, artes performativas, exposições e visitas voltam a integrar este vasto programa multicultural. Este ano, a Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Algarve promove uma exposição, mesa redonda e visita à obra galardoada na 3ª edição prémio regional de arquitetura.

Estão previstos, igualmente, diversos seminários, nomeadamente, no dia 05 de setembro, a “Importância da Sustentabilidade e Saúde dos Solos”, no Centro de Experimentação Agrária de Tavira.

Destaque para os espetáculos que, durante os quatro dias, animam, de forma gratuita, diferentes espaços.

A colaboração da Fundação INATEL é uma das novidades desta edição, cuja programação terá lugar, no palco da antiga lota, onde a música portuguesa marcará presença.

No dia 05 de setembro (quinta-feira), no espaço da antiga lota, o INATEL apresenta o projeto “Cara de Espelho”, que reúne seis ilustres figuras da música portuguesa. No palco do Castelo, o cantor espanhol de flamenco cigano, Duquende, presta homenagem a Paco de Lucía. E, na Praça da República, na noite inaugural da Feira, o pai do rock português, o cantor Rui Veloso espera por si. A acabar a noite, no Jardim do Coreto, os portugueses “Balsol” trarão o baile tradicional.

Na sexta-feira, dia 06, Júlio Pereira, músico e instrumentista do cavaquinho, apresenta-se, no palco INATEL (antiga lota). No palco do Castelo, estarão os italianos “Kalàscima”, um grupo que mistura a antiga música de dança ritual tradicional de Taranta (Salento, sul da Itália) com influências como Balkan, Klezmer, irlandesa e música eletrónica. Na Praça da República, o projeto pop português “Amália Hoje” com Sónia Tavares, e logo de seguida, no Jardim do Coreto, “Trigo Migo” de Itália.

No dia 7 de setembro (sábado), no palco INATEL, é possível apreciar a música tradicional portuguesa com a “Brigada Vitor Jara”. No palco do Castelo, apresentam-se os marroquinos “Tarwa N-Tiniri”. Na Praça da República, teremos a cantora Sara Correia. Já no Jardim do Coreto, o público poderá desfrutar da performance do grupo francês “Le Bal l´Ephémère”.

A finalizar, no domingo, dia 08, no jardim do Coreto, dançamos com os espanhóis Vegetal Jam.

José Manuel David apresenta “Cantar A Eito”, no palco INATEL. No palco do Castelo atuam os “Kočani Orkestar” da Macedónia, com influências das Balcãs e ritmos turcos. Na Praça da República, o português Fernando Daniel fecha o ciclo de concertos do palco principal.    

Também, no dia 08 de setembro, pelas 09h30, terá lugar a marcha e corrida da Dieta Mediterrânica, inserida no calendário do Algarve, numa organização conjunta do Município de Tavira e do IPDJ.

Viajar pelos sabores mediterrânicos será possível em qualquer um dos restaurantes instalados na Praça da Convivialidade, junto ao Castelo da cidade, e nos 18 restaurantes do concelho que prepararam menus mediterrânicos.

Património Cultural e atividades para os mais novos

A Feira integra, igualmente, várias manifestações inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, como os Caretos de Podence, o Fado, o Cante Alentejano e o Teatro Dom Roberto.

Para o público infantojuvenil contaremos com espetáculos educativos, jogos tradicionais e oficinas ambientais em vários locais: Largo Dona Ana, Largo frente ao Palácio da Galeria, Casa André Pilarte, Biblioteca Municipal Álvaro de Campos e nalguns stands institucionais patentes na Feira.

Jogos do Helder, Museu do Brincar, Companhias Chão D’Oliva, Teatro Joaquim, Rui Sousa Marionetas, Universo Paralelo e as entidades locais Rotinas Selvagens, Praça dos Livros Livres e a Associação Semente de Alfarroba integram a programação para os mais jovens. Também o Museu da Marioneta volta a marcar presença, assegurando diversas oficinas e atividades para os mais pequenos.

No Museu Municipal de Tavira, em horário alargado, encontrar-se-ão patentes as exposições – “Dieta Mediterrânica – Património Cultural Milenar”, “Balsa, Cidade Romana” (Palácio da Galeria), “Tavira Islâmica”, “Do Barro à Roda: A Cerâmica da Rua das Olarias” (Núcleo Islâmico) e “25 de Abril de 1974, Quinta-feira”, de Alfredo Cunha (Quartel da Atalaia). Ainda na Ermida de São Roque, promovida pelo Museu Zer0, será possível visitar a Instalação “A Onda” dos asturianos Estúdio Rotor, que conjugam a utilização do sal, com módulos de luz programada e gerada pelo movimento das ondas do mar… 

Venha descobrir e experimentar o que Tavira e a Dieta Mediterrânica têm para oferecer.

A importância da Dieta Mediterrânica

A Dieta Mediterrânica é um património vivo e dinâmico que tem vindo a ganhar uma crescente importância, tanto nacional como internacional. Investigada por diversas ciências, é um legado das civilizações que moldaram a nossa identidade cultural, língua e modos de vida, produção e alimentação, sendo crucial para a valorização e o fortalecimento das economias regionais. Atualmente, a Dieta Mediterrânica é reconhecida como um dos principais contributos para a preservação ambiental e prevenção das alterações climáticas, além de fomentar modelos sustentáveis de agricultura e a alimentação saudável.

Este ano, Portugal é o coordenador dos sete países que integram a inscrição da Dieta Mediterrânica na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Tavira, sua comunidade representativa, recebe, no dia 29 de novembro, a 14ª reunião intergovernamental, onde serão apresentados e discutidos os trabalhos desenvolvidos e os desafios encontrados deste património comum.

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