Conferência “Prisões e regimes de detenção em Portugal: antes e depois de 1974” reúne no Museu de Portimão académicos, investigadores e fotógrafos de renome
Portimão está a celebrar os 50 anos do 25 de Abril com uma programação abrangente, onde se destaca a conferência “Prisões e regimes de detenção em Portugal: antes e depois de 1974”, a decorrer nos dias 19 e 20 deste mês e que integra a inauguração da exposição “the portuguese prison photo project”.
A conferência tem a duração de dois dias (19 de abril – 14h00 às 18h30; 20 de abril – 10h00 às 13h30) e promete ser um momento simbólico para a reflexão da democracia portuguesa, através de um painel notável de personalidades, onde se incluem professores, investigadores, professores e fotógrafos premiados.
Com a presença de nomes proeminentes como Maria João Raminhos Duarte, Francisco Bairrão Ruivo, Paulo Adriano, Daniel Fink, Luís Barbosa, Peter Schultess, Gilda Santos, Paulo Sérgio Pinto de Albuquerque, Julia Kozma, entre outros, esta conferência assevera trazer perspetivas valiosas para um debate democrático assente na proteção dos direitos humanos.
Para um conhecimento orientado sobre a conferência, está disponível em https://tinyurl.com/3cyyauj6 o livro de resumos com a respetiva estrutura e uma visão geral de todas as apresentações previstas.
Por dentro das cadeias portuguesas
Pela primeira vez a sul do Tejo, será inaugurada no Museu de Portimão, pelas 19h00 de dia 19 de abril, a exposição “the portuguese prison photo project”, com imagens dos fotógrafos Luís Barbosa e Peter Schulthess que oferecem uma visão transversal das prisões de Portugal, das maiores às mais pequenas, das mais antigas às mais recentes, proporcionando uma perspetiva íntima das condições de vida nos estabelecimentos prisionais do país.
Enquanto Luís Barbosa, premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2018 pelo seu trabalho fotográfico, se concentra em transmitir o ponto de vista dos reclusos, destacando o ambiente e a atmosfera através de fotografias em preto e branco, Peter Schulthess adota uma abordagem mais institucional, documentando as prisões com imagens de alta resolução e a cores, revelando os detalhes mais minuciosos. Juntas, as obras dos fotógrafos oferecem uma representação abrangente e multifacetada da realidade das prisões em Portugal.
A exposição inclui fotografias realizadas entre 1876 e 1974 e escolhidas num universo de muitas centenas pertencentes aos acervos de diversos arquivos públicos, e que são um apontamento intencional de contraponto às imagens contemporâneas de Peter Schulthess e Luis Barbosa.
Se estas últimas refletem dois olhares e duas circunstâncias, as fotos antigas resultaram de outros olhares, em contextos políticos, penais e prisionais muito diversos.
Este evento fotográfico proporciona, não apenas uma oportunidade para refletir sobre o passado, mas também uma melhor compreensão sobre o presente numa perspetiva de moldar o futuro das políticas prisionais em Portugal.
A mostra fotográfica estará patente até 1 de setembro e poderá ser visitada no seguinte horário: terça-feira das 14h30 às 18h00 e de quarta-feira a domingo das 10h00 às 18h00 até 31 de julho e a partir de 1 de setembro; terça (19h30-23h00), quarta a sábado (13h00-23h00) e domingo (15h00-23h00), apenas durante o mês de agosto.