Obra de construção do lar, apoio domiciliário e centro de dia das Fontainhas arranca após cerimónia de lançamento da primeira pedra
A obra do Lar, Apoio Domiciliário e Centro de Dia vai ser construída num terreno municipal com uma área total de 15 mil 344 metros quadrados e tem uma capacidade de resposta para um total de 131 utentes (61 em regime de Lar, 20 em Centro de Dia e 50 em Apoio Domiciliário). O edifício tem duas entradas, a principal é virada a norte e localiza-se no piso zero, constituído por receção, administração, secretariado, casas de banho públicas, sala de vigilância, enfermagem, duas salas de estar com copa, 16 quartos e um solário semicoberto. No piso 1, temos a cafetaria, sala de refeições e duas salas de estar (uma com copa), 13 quartos, capela, sala de enfermaria e vigilância e instalações sanitárias e para banho. O piso 2 tem uma entrada ao nível do arruamento, destinada a serviços, cargas e descargas. Comporta, ainda, ginásio polivalente, sala de atividades/ateliers, salão de estética, lavandaria, sala de estar com copa, seis quartos, sala de estar para o pessoal, também com copa, cozinha, zona frigorífica e zona de armazenagem. O equipamento tem uma excelente exposição solar e vai preservar o mais possível as árvores existentes.
A obra de construção do Lar, Apoio Domiciliário e Centro de Dia de Fontainhas, na freguesia de Ferreiras, já está a avançar e, se tudo correr conforme previsto, dentro de 510 dia irá, finalmente “ver a luz do dia”. Este é um dia muito importante para os cidadãos do concelho, depois de todos os contratempos que envolveram este projeto, revelou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira. “O sonho e os primeiros passos com vista à construção do equipamento tiveram início em 2010 e, como não poderia deixar de ser, aqui ficam as minhas palavras de agradecimento ao Sr. Brito, antigo presidente da Nuclegarve, ao Sr. Paulo Almeida, mentor da associação e a Desidério Silva, presidente do Município na época”. Recorde-se que o primeiro concurso ficou deserto, no segundo foram apresentados orçamentos acima do preço base, posteriormente foi necessário adequar o projeto às alterações da legislação em vigor, sendo que, só em agosto de 2023, foi assinado o contrato para execução da empreitada com a empresa Telhabel pelo valor de 8 milhões e 254 mil euros; o que implicou que o contrato tivesse que ser visado pelo Tribunal de Contas. “Tudo isto resultou num processo extremamente demorado, o que juntamente com a crise internacional da Lemon Brothers, que afetou o mundo na sua globalidade e Albufeira como cidade turística em particular, mais dois anos de Covid, em que tudo encerrou e tivemos que apoiar associações, empresas e instituições dependentes da administração central, o Município investiu (a diferença entre o valor dos apoios concedidos e o que deixou de receber em taxas e licenças) cerca de 25 milhões de euros. Fomos o município do país que mais investiu na época”. José Carlos Rolo sublinha que 25 milhões de euros é um valor que dava para alocar a muitos projetos importantes para o desenvolvimento do concelho e acrescenta, ainda, “Depois de debelada a crise começou a guerra na Ucrânia, o que trouxe enorme instabilidade em termos dos preços das matérias-primas; ou seja devido a tudo isto o valor da empreitada subiu imenso, o que corresponde a uma diferença entre os 6 milhões de euros que poderia ter custado, caso tivesse sido adjudicada há pelo menos dois anos, para os atuais 8 milhões e 250 mil euros”.
O autarca destacou que o Lançamento da Primeira Pedra, que antecede o início da obra, é uma cerimónia simples, meramente simbólica, mas de grande importância, uma vez que serve para dar conta aos munícipes, onde a autarquia investe o dinheiro público. José Carlos Rolo terminou a sua intervenção frisando “Agora é tempo de esperança e de olhar para o futuro! Este é mais um equipamento que vamos construir e que faz muita falta, à semelhança do Lar, Centro de Dia e Creche dos Olhos de Água, que inaugurámos em setembro do ano passado, da Unidade de Cuidados Continuados, obra que teve início na semana passada”. O edil salientou que há muitas pessoas a necessitarem deste tipo de equipamentos: os que precisam de vir para aqui residir; as pessoas que apenas precisam de ser acompanhados em Centro de Dia e os que mantêm alguma autonomia e suporte familiar que lhes permite ficarem nas suas casas e receber Apoio Domiciliário. Refira-se que o equipamento vai ficar sob a gestão da Associação Nuclegarve.