Foto: Jorge Gomes - Click Time Photo®©
Ambiente

Infralobo implementa sistema de recolha de biorresíduos rumo a um futuro smart

A Infralobo apresentou hoje publicamente o seu sistema de recolha seletiva e valorização de biorresíduos, um projeto-piloto que vai abranger ao todo mais de 2.500 famílias, permitindo reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários e incineração.


O projeto da Infralobo, integrado na estratégia da empresa rumo a um futuro smart, foi lançado no terreno durante este mês, mas irá estender-se por três fases, a segunda das quais em setembro, com a ampliação do sistema de recolha dos atuais não domésticos (hotéis e restaurantes) para 300 Clientes domésticos, prevendo abranger, ao todo em novembro, cerca de 2.500 famílias do resort. Os 12 contentores coletivos de recolha – o quinto ecoponto – onde os residentes podem depositar os seus biorresíduos já são visíveis em algumas das zonas do território administrado pela empresa.

A separação e recolha seletiva de biorresíduos é uma ferramenta essencial para reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros sanitários e incineração, transformando-os em recursos renováveis, pelo que é importante que os cidadãos se envolvam neste projeto. Só com a adesão da comunidade será possível alcançar bons resultados e começar a introduzir a separação dos biorresíduos nos hábitos das famílias, tal como já acontece com a reciclagem de outros resíduos.

Desde o início da operação de recolha dos biorresíduos nos restaurantes e hotéis situados na área de intervenção da empresa municipal, que serviu para testar o sistema, foi recolhido um total de 38 toneladas de biorresíduos, o que faz antever o sucesso desta operação. Segundo declarações do CEO da Infralobo, Carlos Manso, este projeto é o passo seguinte, um passo natural para um maior contributo para a sustentabilidade ambiental através da aposta na economia circular.

Ao nível dos residentes, objetivo é estender o projeto a mais de 2.500 moradias em três fases: a primeira agora, durante o verão, que aconteceu com a entrega dos kits e inicio de recolha juntos dos Clientes não domésticos, a segunda que irá decorrer em setembro com a entrega de cerca 300 kits para compostagem e a terceira e ultima fase em novembro, quando serão abrangidos os restantes 2.200 proprietários do resort, prevendo-se que sejam envolvidas neste projeto-piloto mais de 2.500 famílias, referiu o responsável.

O kit contém um saco próprio e um pequeno contentor de 7 litros para acondicionar os biorresíduos que são depois depositados nos novos contentores de cor castanha instalados no resort ou recolhidos porta a porta. O contentor doméstico possui um chip para abrir automaticamente o contentor de rua, para que os biorresíduos sejam depois encaminhados para um centro de compostagem.

Os biorresíduos, ou resíduos orgânicos, são o que resta da preparação das refeições e sobras de alimentos, como as cascas de fruta e legumes, de ovos, borras de café e pão, entre outros, compondo, em média, quase 37% do caixote do lixo da maioria das habitações.

Estes resíduos, onde se incluem também os resíduos verdes de jardins, podem ser transformados em adubo ou fertilizante natural, através da compostagem, originando o composto. Esse produto pode ser usado como adubo orgânico na agricultura, jardinagem ou em hortas comunitárias.

Os contentores coletivos onde os residentes podem depois colocar os seus biorresíduos serão instalados na Zona 9, Quadradinhos, Aldeamentos, Praça de Vale do Lobo, Avenida das Acácias, Ténis, Rua das Orquídeas, Pingo Doce, Avenida do Garrão, Mimosas, Quinta Jacintina e Ferrarias.

De acordo com o CEO da Infralobo, Carlos Manso, este é um projeto da maior importância para o resort, não só devido à redução dos impactos negativos que a produção de lixo tem no planeta, como por contribuir para uma maior consciencialização ambiental e sensibilização para o desperdício alimentar.

“Sabendo que perto de metade do lixo produzido pelas famílias pode ser regenerado e aplicado, quer na agricultura, quer para aproveitamento energético, faz-nos acreditar que podemos, efetivamente, melhorar o nosso comportamento ambiental, enquanto comunidade, de uma forma extremamente simples”, apontou.

“Por outro lado, quando começamos a fazer uma separação seletiva, temos uma maior consciência do que estamos a colocar naquele contentor, o que pode gerar um efeito de sensibilização para a redução do desperdício alimentar”, refere Carlos Manso.

Entre as vantagens da compostagem está a diminuição da emissão de gases de efeito de estufa, ao evitar-se a decomposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários, e a redução da dependência de fertilizantes químicos para o solo e as plantas, já que o composto pode ser usado como adubo, o que evita a utilização de substâncias nocivas ao meio ambiente e à saúde.

Segundo a empresa, ‘’acreditamos que este sistema irá ter resultados positivos na separação dos resíduos, tal como o protocolo para a recolha dos seletivos entre a ALGAR e a INFRALOBO, que no 1º semestre de 2023 permitiu uma maior recolha de resíduos seletivos em cerca de 230 toneladas em contrapartida de uma redução na produção de resíduos indiferenciados em cerca de 170 toneladas.’’

Com a preocupação ambiental presente em todas as suas ações e projetos, a Infralobo usou papel e tinta reciclável e sustentável em todos os materiais gráficos produzidos ao abrigo deste projeto.