Festa da Mãe Soberana: celebrações marianas regressam a Loulé a partir do domingo de Páscoa
A tradição volta a cumprir-se no Domingo de Páscoa, em Loulé. No próximo dia 9 de abril, a imagem da Nossa Senhora da Piedade desce à cidade, dando assim início à Festa Pequena da Mãe Soberana, constituindo este o ponto de partida da maior manifestação religiosa a Sul de Fátima.
Pelas 17h00, tem lugar a descida da Padroeira até à Igreja de S. Francisco, com os oito homens vestidos de opas brancas a conduzirem o pesado andor e a música da Banda Filarmónica Artistas de Minerva a dar o ritmo desta procissão.
De 10 a 19 de abril, a igreja de São Francisco acolhe diversos momentos litúrgicos e estará também aberto à oração dos fiéis. No dia 12, pelas 21h00, a designer de comunicação Andreia Pintassilgo irá apresentar a nova identidade gráfica da Mãe Soberana, com a qual se pretendeu criar uma uniformização da imagem desta festividade que constitui, cada vez mais, um produto turístico e cultural de excelência num concelho que aposta assim no turismo religioso.
Um dos momentos culturais do programa da Mãe Soberana’23 é o concerto final dos dias antigos do Conservatório de Música de Loulé “Professor Francisco Rosado”, a 15 de abril, pelas 18h30. Já a 19, à mesma hora, será apresentada a palestra “Culto e espiritualidade da Senhora da Piedade”, pelo pároco de Loulé, Carlos Aquino.
O desporto e atividade física associam-se a este programa e, mais uma vez, decorre o Grande Prémio da Mãe Soberana. É no dia 21 de abril, a partir das 15h00, com partida e chegada ao Largo de S. Francisco.
Mas este dia, 21, marca também uma novidade nestas festividades. Pelas 21h00, terá início uma procissão solene, dinamizada pelas instituições religiosas, civis e sociais, que irá levar a imagem da Padroeira para a Igreja Matriz de Loulé. Recentemente reabilitada, após profundos trabalhos de restauro, a Matriz receberá a “presença” da Nossa Senhora da Piedade até ao regresso à sua Ermida, no dia 23 de abril. Se nos anos anteriores as festividades estavam apenas associadas à Igreja de S. Francisco, este ano a organização decidiu incluir também a Matriz, até como forma de mostrar a recuperação deste ex-líbris do património religioso louletano.
No sábado, 22, às 21h00, decorrerá aqui a eucaristia dinamizada pelos jovens, presidida por D. José Alves, Arcebispo Emérito de Évora. Já às 22h30, a habitual bênção ao Clube Hípico de Loulé acontece este ano no Largo da Matriz, com os cavaleiros a prestarem a sua homenagem à Padroeira.
O momento apoteótico das celebrações ocorre a 23 de abril, dia da Festa Grande. Às 10h00, a missa solene, este ano na Igreja Matriz, marca o arranque de um dia cheio de emoções para os fiéis e muitos louletanos não crentes. Segue-se a procissão para o Largo do Monumento Engº Duarte Pacheco, onde, pelas 16h00, é celebrada uma missa campal e consagração a Nossa Senhora.
Tem então início a grande procissão que percorrerá as principais ruas da cidade e subida da imagem de Nossa Senhora da Piedade ao Santuário. É entre “Vivas!”, lenços a acenar e o acompanhamento da Banda Filarmónica Artistas de Minerva que se realiza o percurso, representando uma enorme demonstração de fé, especialmente por parte dos homens do andor, que apesar das adversidades do terreno, do peso do palanquim e, por vezes, em condições climatéricas adversas, levam até ao fim a sua missão.
Ao esforço dos homens que transportam a Virgem, alia-se a força espiritual dos muitos fiéis que, por entre vivas à Nossa Senhora, em passo vivo e na cadência musicada dos homens da Banda, vão “empurrando” no calor da fé e calçada acima, o pesado andor da Padroeira.
O fogo de artifício ao final da noite põe termo às celebrações da Mãe Soberana.
Foto: Jorge Gomes – Click Time Photo®©