GNR a cavalo vigia Serra do Caldeirão
É na Unidade Avançada de Proteção Civil, em Vale Maria Dias, que até ao final do verão vai estar instalada uma equipa da GNR – Guarda Nacional Republicana com a missão de fazer o patrulhamento a cavalo da Serra do Caldeirão, nas áreas entre as freguesias de Salir e do Ameixial.
Diariamente, incluindo sábados e domingos, dois militares percorrem “uma média de 15 a 18 kms”, entre montes e vales, com uma rotatividade semanal, para proteger esta zona serrana de potenciais atos voluntários ou involuntários e identificar eventuais incendiários.
Carlos de Almeida, do Comando Territorial da GNR de Faro, refere que são realizados três trajetos distintos nas zonas do aterro sanitário da Cortelha, Fornalha e Montes Novos, justificando que é “importante variar os percursos para não serem sempre as mesmas rotinas, caso contrário as pessoas (possíveis infratores) apercebem-se”.
Muitas vezes é a própria população que dá informações aos militares em relação a algum tipo de comportamento estranho, mas até ao momento ainda não foi detetado nenhum caso nestas paragens.
Esta vigilância decorre até ao final do mês de setembro. No entanto este calendário “é flexível” já que se houver a perceção de que há um prolongar das condições meteorológicas, a equipa manter-se-á no terreno.
Os elementos da GNR estão bastante satisfeitos com o acolhimento que encontraram nesta Unidade Avançada para o cumprimento do seu trabalho, um espaço recentemente inaugurado e que é já uma referência no apoio à prevenção, primeira intervenção e combate aos fogos florestais. “A Câmara de Loulé permite-nos ter mais condições para cumprir a nossa missão da melhor maneira já que, não só os homens como os cavalos, têm aqui todo o conforto”, refere o responsável da GNR.
Satisfeitos com esta iniciativa estão também os presidentes das duas juntas de freguesia englobadas pelo projeto. “É sempre de louvar este serviço, sobretudo para bem das populações”, diz José Carrusca, presidente da Junta do Ameixial. Enquanto que Francisco André Rodrigues, de Salir, sublinha o facto de a ação incidir não só “na prevenção, mas também na segurança, tão importante nestes meios rurais, já que as pessoas se sentem mais seguras com a presença assídua dos militares”.
O vereador Carlos Carmo destaca o objetivo desta ação: “Trazer cada vez mais resiliência e presença ao território é o desafio. É uma experiência-piloto que espero se possa replicar noutros pontos do país”. Por agora os resultados no interior do concelho de Loulé são bastante positivos já que, até ao momento, o número de ignições é bastante baixo. Uma vez que a grande preocupação em termos de incêndios rurais tem sido a sul da cidade de Loulé, este responsável acredita que já no próximo ano seria importante estender este projeto para o litoral”. “Temos que preparar e criar mecanismos para termos algum tipo de vigilância em permanência, em particular na zona do Trafal e do Ludo que são as áreas de maior incidência de incêndios. Estamos já trabalhar nesse sentido”, adiantou Carlo Carmo.
Recorde-se que no âmbito deste trabalho de prevenção de fogos florestais fazem ainda vigilância nestes territórios mais vulneráveis o Exército, Equipas Municipais de Intervenção Florestal, Sapadores Florestais, Caçadores nos períodos de alerta especiais, Voluntariado Jovem, equipas da GNR com motociclos e viatura e juntas de freguesia.