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Município de Faro e Universidade do Algarve assinaram protocolo para criação do programa “Faro acolhe”

O Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, e o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, assinaram na passada quinta-feira à tarde o protocolo para criação do programa “Faro Acolhe”.

Este programa pretende promover o alojamento de jovens do ensino superior nos domicílios de idosos residentes em Faro, sem carácter monetário, visando a criação de uma solução para situações de solidão e isolamento vividas por alguns idosos e famílias, bem como mais uma opção de alojamento para estudantes deslocados.

Este programa, que visa promover as relações intergeracionais entre os envolvidos, vai ser gerido por técnicos do Município de Faro e da Universidade do Algarve, podendo beneficiar seniores do concelho e estudantes universitários residentes noutras zonas do País, com idades compreendidas entre os 17 e os 35 anos.

Estes jovens serão acolhidos na residência de agregados familiares ou de idosos que vivam em situação de solidão e isolamento, que manifestem a sua disponibilidade e que reúnam condições para o fazer, em conformidade com as regras estabelecidas.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, “este é um protocolo que já vinha a ser preparado há algum tempo e que agora avança, permitindo juntar a geração mais velha com jovens que vêm para Faro e se deparam com o problema da falta de habitação, que existe em Faro como noutras zonas do País”.

“É um projeto que vai ajudar a proporcionar uma habitação digna aos jovens que, por sua vez, proporcionam aos séniores companhia, bem-estar e algum conforto, diminuindo o sentimento de solidão destas pessoas”, explica o autarca Rogério Bacalhau, acrescentando ainda que “este programa tem também uma componente pedagógica que é a de ensinar a ser solidário, porque seguramente que os jovens que venham a passar por este projeto vão ver os seniores de uma outra forma e pensar um pouco mais nos outros depois desta experiência”.

Também o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, lembrou que este era um programa que já vinha a ser preparado há muito tempo, tendo a pandemia e as respetivas restrições sanitárias impedido que este avançasse nos anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022. “Esperamos que agora em 2022/2023 a situação esteja próxima da normalização e não existam entraves a este encontro de gerações”.

“Sabemos que talvez nem todos os jovens estudantes terão perfil para este programa, tal como nem todas as famílias terão também perfil para este programa, mas do lado da Universidade do Algarve haverá a preocupação com a seleção dos perfis dos estudantes”, revelou o reitor da Universidade do Algarve. “Se tivermos uma família com um estudante, será muito bom, se conseguirmos duas ou três ou mais será muito bom a multiplicar e com benefícios para ambas as partes, nomeadamente os seniores que terão apoio dos jovens que num momento das suas vidas passam pela nossa cidade e dos estudantes que terão menos um entrave para prosseguir os seus estudos, uma vez que praticamente anularão os custos com alojamento”, concluiu o reitor Paulo Águas.