Município de Faro apresentou projetos vencedores da segunda edição do orçamento participativo
O Município de Faro anunciou na quarta-feira, dia 27 de abril, os seis projetos vencedores da segunda edição do Orçamento Participativo (OP) local. Ao todo, a Autarquia destinou 180 mil euros ao OP, reservando ainda uma verba de 10 mil euros para OP Faro – Escolas, um projeto desenvolvido nas escolas do concelho com os alunos do 3.º ciclo e ensino secundário.
O projeto mais votado foi a criação de um parque infantil e de lazer da Igreja, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, com um investimento previsto de 28.268,48 euros, tendo a proposta de Joaquim Manuel de Sousa Pereira recolhido um total de 161 votos.
A mesma freguesia do interior do concelho teve também o segundo projeto mais votado no âmbito do OP 2021/ 2022, com 139 votos, que prevê a criação de três percursos pedestres em caminhos públicos, com sinalização e paineis informativos, com uma extensão total de 30 quilómetros. O projeto, com proposta de Osvaldo Serro, tem um investimento previsto de 30 mil euros.
Com 110 votos, o terceiro projeto mais votado foi o de melhoria das acessibilidades da Rua de Berlim e envolventes, proposta por Emília Creus Moreira dos Santos para a União de Freguesias de Faro, que vai também implicar um investimento de 30 mil euros.
Os restantes contemplados, todos com uma verba de 30 mil euros, foram o projeto “Faro+Verde+Limpa”, proposta de Ana Cristina Castro para a União de Freguesias de Faro (82 votos), a reabilitação da Praça Hélder de Azevedo, em Gambelas, proposta de João Nuno Ramos dos Santos para a freguesia de Montenegro (78 votos) e o desenvolvimento de um estudo para a classificação de árvores históricas de Estoi, proposta de José António Paula Brito para a União de Freguesias Conceição e Estoi. Esta última proposta, refira-se, foi a sétima mais votada com 54 votos mas acabou por ser selecionada devido à obrigatoriedade prevista no regulamento do OP de incluir pelo menos uma proposta por cada freguesia do concelho.
Ao todo, este processo de democracia participativa contou com um total de 781 votos de 654 votantes diferentes (cada pessoa pode votar, se o desejar, em dois projetos diferentes). Os seis projetos serão agora desenvolvidos pelos serviços do Município de Faro, em parceria com os respetivos proponentes, tendo um prazo de conclusão de dois anos.
No âmbito da cerimónia simbólica de anúncio dos projetos vencedores da segunda edição do OP Faro, que aconteceu no salão nobre do Município, foi feito também um ponto de situação dos projetos vencedores da primeira edição, nomeadamente por parte de Sandra Matinhos, da Associação Partilhas, que apoia a comunidade oncológica, e Anabela Argel, do Grupo 166 – Escoteiros de Montenegro. Ambos os projetos, que levaram à reabilitação de duas antigas escolas primárias, respetivamente na Goldra de Cima (Santa Bárbara de Nexe) e na Arábia (Montenegro), estão praticamente concluídos.
Já no âmbito do EP Escolas, o Município de Faro destina um total de 10 mil euros para fazer face a várias necessidades identificadas pelos alunos das várias escolas do concelho, nomeadamente o melhoramento dos campos desportivos exteriores e climatização das salas de aula da EB Poeta Emiliano da Costa; a renovação do campo de ténis da EB Dr. José Neves Júnior ou um anfiteatro em madeira na Escola Básica Santo António, entre várias outras intervenções ou aquisições.
Depois de uma primeira edição completamente condicionada pela pandemia, e cujos resultados já estão à vista, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, faz um “balanço positivo desta edição, em que já foi possível dinamizar sete assembleias participativas presenciais, ainda com pouca gente, mas a verdade é que os projetos que estão aqui [vencedores] apareceram dessas reuniões e da vontade da população em dinamizar ou construir algo”.
“Já temos os frutos dos projetos do ano passado que estão praticamente concluídos ou em bom desenvolvimento com a aplicação das verbas públicas, e, no próximo ano, teremos certamente novos projetos que vão também servir para enriquecer e trazer mais atratividade ao nosso concelho e que só são possíveis com a participação das pessoas, porque são projetos que têm impacto direto na vida da população”, concluiu Rogério Bacalhau.