Cultura

Exposição «Mudaram as Estações, Nada Mudou» de Luís Marques em Loulé

«Mudaram as Estações, Nada Mudou» é a primeira exposição do programa de artes visuais que a Sul, Sol e Sal irá realizar no novo espaço, a Casa do Meio-dia, em Loulé no próximo dia 06 de Novembro pelas 17h.

Um programa que terá em atenção os artistas emergentes e que se centrará tendencialmente em trabalhos sobre papel.

A Exposição

Um dos aspetos mais notórios do trabalho de Luís Marques é a atenção à paisagem. Na exposição «Mudaram as Estações, Nada Mudou», essa relação é um eixo essencial do seu discurso. A paisagem aparece como metáfora de um estado metafisico. Apetece dizer, de uma «geografia mental».

«Paisagem» designa a superfície da terra que está em constante modificação quer pela ação das mais diversas forças naturais, e das relações complexas que se estabelecem entre si, quer pela ação do homem.  

Apesar dos trabalhos apontarem para esse movimento de mudança há um sentimento de estagnação e de continuidade sugeridos por linhas e formas que parecem conter a força da intemporalidade. Um jogo entre a superfície, essa pele transformada, e o corpo debaixo da camada verde ou castanha da paisagem cuja fisionomia não se altera.

As ruínas são uma presença significativa. Afirmam uma dissolução do mundo ou de uma ordem estabelecida. Mas, são, também, pontos de ligação de um olhar que vagueia entre o rural e o urbano. Uma atenção sensível ao contraste entre a natureza e a construção humana.

Os montes e os prédios. As influências da indústria, da ciência e dos média numa cultura urbana que se expressa pelo graffiti. A linguagem das cidades, os seus códigos e práticas, surgem-nos pelo recurso a símbolos da Escrita do Sudoeste desenhados no pano-cru. 

O Artista

Luís Marques nasceu em Faro, no ano de 1999. Estudou Artes Visuais, Escola Secundária Tomás Cabreira, de 2014-2017 e, em 2019, ingressou no curso de Artes Visuais, na Universidade do Algarve.

Do seu percurso destacam-se as exposições coletivas: «Verão Danado», em 2018 e «Uma Bóia no Telhado», em 2021. Ambas no IPDJ, em Faro.

Em 2021 participou no «Project Room», na Associação 289.

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