Algarve com sinais positivos na economia e confiança na recuperação nas palavras de Vítor Neto
Em que ponto estamos no Algarve?
Todos – empresários e cidadãos do Algarve – temos bem presente a brutal quebra não só no Turismo, mas em toda a Economia da Região provocada pela Pandemia desde março de 2020 e que se tem prolongado por 2021.
Na saúde, a Pandemia parece controlada, depois de longos meses de um combate que culminou com um processo de vacinação que se tem vindo a mostrar eficaz.
Vivemos um quadro sanitário mais seguro. Mas ainda incerto.
E a ECONOMIA? Como está a evoluir?
Há um dado novo relevante: a situação económica no Algarve tem vindo a apresentar nos últimos meses alguns sinais positivos que importa ter presentes e analisar com atenção. Sobretudo no setor do TURISMO, pelo impacto que tem no quadro económico da região.
A verdade é que entre janeiro e agosto (INE) deste ano nas dormidas de turistas (nacionais e estrangeiros) se verificaram melhores resultados que em 2020, um crescimento de 17%. Para o mesmo período o Aeroporto de Faro apresenta pela primeira vez este ano um aumento (4%). É certo que são dados ainda longe dos de 2019, mas refletem uma tendência de recuperação.
Em relação a setembro – ainda sem dados oficiais – a perceção que existe aponta também para uma melhoria em relação a 2020. E é generalizada a opinião de agentes relevantes do setor de algum otimismo para outubro e novembro tendo em conta as reservas feitas. Claro que não se podem excluir surpresas negativas.
É cedo para tirar conclusões, mas estamos perante um quadro que ainda que não consolidado, demonstra vitalidade e desperta confiança.
Se se vierem a confirmar resultados positivos nos últimos três meses do ano poder-se-ia melhorar em relação a 2020 e diminuir a quebra em relação a 2019. O que seria um incentivo para apostar numa recuperação mais consistente em 2022.
E as EMPRESAS, que prioridades?
Estes primeiros sinais positivos depois de um ano e meio de dura crise, reforçam a confiança das EMPRESAS e devem servir de estímulo para acreditar na Recuperação. Nunca subestimando as incertezas da pandemia e de alguns mercados importantes como o Reino Unido.
A prioridade imediata para as empresas é agir para reforçar a sua saúde financeira recorrendo, se necessário, aos diferentes instrumentos e programas financeiros do governo que já estão anunciados e devem ser reforçados.
E reivindicar novas medidas que tenham em conta os sinais de alguma recuperação no contexto difícil da longa época baixa que aí vem.
São medidas indispensáveis para a recuperação da saúde financeira das empresas, para garantir a revitalização da sua atividade, a consolidação do emprego e a dinamização da economia da Região.
O NERA, pelo seu lado, em colaboração com as instituições (CCDR, etc.) e com as associações empresariais da Região, vai continuar a estar presente nesta batalha em defesa das Empresas e pelo progresso da Economia.
Vítor Neto – Presidente da Direção do NERA