As associações Almargem – Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve e Cidade da Participação – Associação Cívica lançaram uma campanha de angariação de fundos através da plataforma GoFundMe para travar a urbanização das zonas húmidas das Alagoas Brancas, em Lagoa, enfrentando a autarquia local em tribunal.
“Contrariamente ao que seria de esperar”, escrevem os organizadores na página da campanha, “o Município de Lagoa continua insistindo em permitir a destruição de uma zona húmida, ignorando o seu valor ecológico e permitindo a construção em zona inundável.”
Em causa está a previsão de construção de uma superfície comercial na zona, uma das últimas zonas húmidas de água doce do Algarve e que integra a área urbana da cidade de Lagoa. Recentemente estudadas pela Almargem em parceria com a SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, as Alagoas Brancas revelaram grande “riqueza ecológica”, tendo sido identificadas “114 espécies de aves, 1% da população regional de íbis-preta, 1% da população nacional de carraceiro”.
Para Lucinda Caetano e Victor Lourenço, responsáveis pela campanha, “é preciso parar este processo.” No entanto, é necessária ajuda, a qual esperam conseguir através do crowdfunding agora criado. “Ajuda para cobrir despesas judiciais; ajuda para preparar materiais informativos sobre zonas húmidas em especial sobre as Alagoas; ajuda para preparar uma exposição sobre a história das Alagoas; ajuda na preparação de materiais de divulgação.”
As associações esperam reunir cerca de 10 mil euros para dar continuidade ao seu trabalho e aos procedimentos judiciais para travar a urbanização da zona.
Conheça melhor a campanha para salvar as Alagoas Brancas em:
https://pt.gf.me/v/c/gfm/salvar-as-alagoas-brancas-de-lagoa-algarve