Autarquia de Olhão prepara criação de estrutura de apoio aos sem-abrigo
A autarquia de Olhão está a preparar, através da Rede Social, a criação de um NPISA – Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo. Esta estrutura pretende constituir-se como um veículo de planeamento e intervenção no que diz respeito ao apoio a esta faixa vulnerável da população.
Numa primeira fase, está a proceder-se no terreno a um levantamento exaustivo em todo o concelho do número de pessoas em situação de sem-abrigo, bem como das respetivas necessidades.
Elaborado o diagnóstico, serão mobilizados os recursos necessários à resolução do problema, numa perspetiva de continuidade e de complementaridade em relação ao trabalho que já é desenvolvido no terreno junto desta população pela autarquia e pelas entidades que constituem a Rede Social.
De acordo com a vereadora da Solidariedade e Ação Social, Elsa Parreira, a criação de um NPISA em Olhão surge na sequência “da necessidade que sentimos, enquanto município e enquanto elemento da Rede Social, de fazer um dignóstico atualizado da situação dos sem-abrigo no concelho, face a uma eventual nova realidade criada pela pandemia, ao mesmo trempo que pretendemos criar um instrumento que abra portas a um conjunto de novas possibilidades de intervenção junto deles”.
Estas possibilidades passam por um acompanhamento aos sem-abrigo no que diz respeito à satisfação das necessidades básicas, como alimentação, higiene e roupa, o que já acontece no terreno, mas, também, pelo apoio no acesso aos serviços da saúde, à habitação, aos serviços da Segurança Social, ou, mesmo, no acesso à formação profissional.
O apoio aos sem-abrigo é uma prioridade do Município, que tem colocado no terreno um conjunto de medidas, sempre em articulação com a Rede Social.
Estas medidas têm vindo a ser reforçadas, face a um conjunto de novas necessidades criadas pela pandemia.
São exemplo dos apoios prestados pela autarquia a distribuição, sempre que necessário, de refeições, a distribuição de cabazes alimentares, a disponibilização de balneários, nomedamente da Escola João da Rosa e do Pavilhão Municipal, para que estas pessoas possam fazer a sua higiene pessoal, ou a distribuição de roupa e agasalhos quando as condições meteorológicas o justificam.