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Portimão volta a associar-se à iniciativa “Abril, Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância”

Arrancou hoje, dia 1, a iniciativa “Abril, Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância”, promovida todos os anos pela Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens com o objetivo de alertar a sociedade para esta problemática, à qual Portimão volta a associar-se, através da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) local.

Nesse sentido, vão ser promovidas diversas iniciativas, entre as quais a iluminação em tons de azul, e ao longo de todo o mês de abril, quer do edifício dos Paços do Concelho quer das instalações da CPCJ de Portimão, onde será colocado um laço azul, símbolo deste flagelo social.

Uma vez que a conjuntura atual, devido à Covid-19, condiciona o desenvolvimento de ações que possam envolver grande número de pessoas, como costumava suceder noutros anos, a CPCJ solicitou aos estabelecimentos de ensino e educação das redes pública e privada do concelho a realização de atividades artísticas no âmbito da história do laço azul, a expor nos espaços públicos ou em janelas.

Durante este mês também será promovido o Calendário dos Afetos, composto por uma atividade diária simples, que convida à interação entre os pais e os seus filhos, reforçando assim os laços familiares e o bom relacionamento intergeracional.

A história do laço azul

O Mês de Prevenção dos Maus-tratos na Infância teve origem no ano de 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando a avó Bonnie Finney prendeu uma fita azul à antena da sua viatura. 

A trágica história que Bonnie contou aos elementos da comunidade onde vivia prendia-se com os maus-tratos de que os seus dois netos foram alvo por parte dos progenitores. A idosa recorreu a um laço azul para não esquecer os corpos das crianças, marcados com inúmeros hematomas. O azul, que simboliza a cor das lesões, servir-lhe-ia como lembrete constante para lutar na sua proteção contra os maus-tratos. 

A campanha expandiu-se gradualmente e, na atualidade, muitos países usam as fitas azuis durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram em resultado do abuso infantil e como forma de apoiar as famílias, fortalecendo as comunidades nos esforços necessários para prevenir este grave problema e a negligência que, por norma, o poderá causar.