Desporto

Portugal sagrou-se hoje vice-campeão do mundo em vela na classe 470

Os velejadores portugueses Pedro e Diogo Costa sagraram-se hoje vice-campeões do mundo na classe 470 depois de ontem terem garantido a presença em Tóquio 2020. A Suécia é campeã do mundo em masculinos e Espanha em femininos.

A dupla portuguesa terminou a Medal Race no 8º lugar, mas foi o suficiente para garantir a medalha de prata no Campeonato do Mundo que terminou hoje em Vilamoura.

“Espetacular. Já tínhamos ganho o Campeonato do Mundo em 420 mas isto é diferente. É um sonho desde pequenos, é história para nós, para Portugal, para a Federação”, afirmou Diogo Costa.

Pedro Costa destaca o trabalho desenvolvido por uma vasta equipa que culminou neste resultado que classificou de “muito difícil e uma autêntica superação”.

Tóquio 2020 poderá ser a última grande competição em conjunto, já que a classe 470 passará a competir essencialmente com equipas mistas.

 “É o fechar de um ciclo, de uma grande etapa, andamos há 9 anos juntos, sinceramente não sei o que reserva o futuro, agora vamos a fundo até Tóquio, depois se verá”, defendeu Diogo.

“Quem sabe podemos continuar a trabalhar juntos, sabemos que nunca seremos adversários. Iremos continuar a trabalhar em equipa mesmo em barcos separados”, completou Pedro Costa.

Os suecos Anton Dahlberg e Fredrik Bergström, agora campeões do mundo, conseguiram recuperar após uma partida menos feliz, terminando no 3º lugar e fazendo a festa no final.

“Foi muito stressante, com o vento offshore (a soprar de terra) muito traiçoeiro, muita coisa a acontecer no campo de regatas. Ao princípio parecia que não estávamos bem, mas continuamos a tentar e conseguimos terminar em primeiro” afirmou Fredrik Bergström.

Anton Dahlberg  revelou-se “aliviado e puramente feliz” no que classificou como “uma semana incrível e uma Medal Race muito difícil”.

Numa regata muito disputada e marcada por vento instável, os espanhóis Jordi Xammar e Nicolas Rodriguez conseguiram manter o 3º lugar na tabela final e fecharam o pódio.

Na competição feminina as espanholas Silvia Mas Depares e Patricia Cantero Reina sagraram-se campeãs mundiais após liderarem a tabela durante mais de metade da competição.

“Foi uma semana muita tensa, com muitas emoções a cada dia. Estávamos a ver que chegar às medalhas era complicado. Anularam a primeira largada, continuamos a tentar, estava complicado e a penalização da inglesa foi incrível”, revelou Silvia à chegada. 

A medalha de prata foi conquistada pelas holandesas Afrodite Zegers e Lobke Berkhout e as italianas Elena Berta e Bianca Caruso levaram para casa a medalha de bronze.

Na competição mista Israel dominou o pódio com Gil Cohen e Noam Homri a sagraram-se os primeiros campeões do mundo deste escalão e os compatriotas Tal Sade e Noa Lasry vice-campeões. Os britânicos Amy Seabright e James Taylor conquistaram a medalha de bronze.

Nesta competição estavam em jogo duas vagas olímpicas, a masculina atribuída a Portugal e a feminina à Turquia. 

No Campeonato da Europa de classe RS:X, modalidade olímpica do windsurf, o holandês Kiran Badloe, renovou o título de campeão europeu, somando-o ao de mundial e o italiano Mattia Camboni garantiu a medalha de prata. A de bronze ficou nas mãos do israelita Ofek Elimelech.

Na competição feminina a francesa Charline Picon renovou em Vilamoura o título de campeã europeia e a holandesa Lilian De Geus sagrou-se vice-campeã. A polaca Zofia Noceti Klepacka ficou com o 3º lugar do pódio.