Portugal entre os melhores países a acolher e integrar migrantes
Portugal está entre os dez melhores países a acolher e integrar migrantes, de acordo com o Índice das Políticas de Integração de Migrantes (MIPEX, na sigla em inglês), cujos dados referentes a 2019 foram apresentados esta quarta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Os resultados obtidos por Portugal no MIPEX foram divulgados hoje, mas a lista comparativa e ordenada dos 52 países participantes ainda não foi divulgada.
Na sessão que decorreu online, Thomas Huddleston, do grupo de coordenação do Migration Policy Group, que organiza o evento, adiantou que Portugal conquistou 81 pontos numa escala de 100, o que colocou o país no “top ten” dos que apresentam políticas mais favoráveis à integração de migrantes.
Desta forma, Portugal surge acima da média na maioria das áreas analisadas e a liderar entre os novos países de destino, muito à frente de países como a Itália ou Espanha.
O estudo avalia indicadores em oito áreas de política pública: mobilidade no mercado de trabalho, saúde, acesso à cidadania, reunificação familiar, participação política, antidiscriminação, educação e residência permanente. Na avaliação geral entre 2014 e 2019, Portugal melhorou três pontos nas três dimensões em análise: igualdade de direitos, oportunidades e segurança para os migrantes.
Na mobilidade do mercado de trabalho, por exemplo, o país ficou em primeiro lugar, a par da Alemanha e dos países nórdicos, porque garante igualdade de tratamento e apoio tanto para cidadãos portugueses como para cidadãos de fora da Europa.
Apesar de haver aspetos a melhorar nas áreas da saúde e educação, Thomas Huddleston destacou que o sistema de saúde está a melhorar o acesso aos cuidados e à informação.
A sessão contou com a participação de diversos especialistas, entre os quais Sónia Dias, da Escola Superior de Saúde Pública, Maria Lucinda Fonseca, do Centro de Estudos Geográficos, IGOT, e Cláudia Pereira, Secretária de Estado para a Integração e as Migrações.
A Fundação Calouste Gulbenkian e o IGOT – Instituto de Geografia e Ordenamento do Território são os parceiros nacionais desta iniciativa.