NacionalTurismo

Apresentado o Plano Turismo + Sustentável 20-23

O  Plano Turismo + Sustentável 20-23 foi ontem conhecido, numa sessão pública, que decorreu na sede do Turismo de Portugal, em Lisboa, e contou com as presenças da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e da Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa.

Em consulta pública até 26 de janeiro, o plano contempla quatro eixos estratégicos – Estruturar uma oferta cada vez mais sustentável; Qualificar os agentes do setor; Promover Portugal como um destino sustentável; Monitorizar as métricas de sustentabilidade do setor. 

As metas a alcançar em 2023 prendem-se com o incremento de 50% de empreendimentos turísticos com sistemas de eficiência energética, água e gestão de resíduos, a eliminação de plástico de uso único em 50% de empreendimentos turísticos de 4* e 5*, 25.000 aderentes ao selo Clean & Safe, 30.000 formados e 1.000 auditados, formação de 50.000 profissionais nas áreas da sustentabilidade e 500 referências internacionais sobre a oferta sustentável em Portugal.

A Secretária de Estado do Turismo referiu que “este plano é um referencial estratégico, participativo e dinâmico e que prova o pioneirismo de Portugal na mudança para um mundo melhor”.  “Visa reforçar uma das principais metas da estratégia turística – a de afirmar o país como um dos destinos mais competitivos, seguros e sustentáveis do mundo” disse Rita Marques, acrescentando que a “recuperação do setor assente na sustentabilidade permitirá, não só a resiliência perante futuras crises, como o retomar da atividade turística sob o compromisso de fazer melhor e com maior segurança, dos pontos de vista económico, social e ambiental”.

Resultante de um trabalho conjunto envolvendo os parceiros do setor, este Plano abrange mais de 70 projetos e ações, que visam contribuir para a resposta do turismo à urgência dos desafios da sustentabilidade definidos à escala mundial, europeia e nacional e alinhados com os objetivos da Estratégia Turismo 2027 e da política de retoma do setor pós COVID-19.

De acordo com as orientações globais da Organização Mundial do Turismo, definidas pelo Comité Global de Crises de Turismo, a recuperação responsável do setor, após a pandemia COVID-19, permitirá que este retome a atividade ainda mais forte e mais sustentável.

Também a recente adesão do Turismo de Portugal ao Global Sustainable Tourism Council (GSTC) e ao Pacto Português para os Plásticos,além da participação ativa no World Travel & Tourism Council (WTTC) e na European Travel Comission (ETC), enquadram-se nos propósitos do Plano e refletem o compromisso de intervir e apoiar iniciativas que reforcem o papel do turismo na construção de um mundo melhor para todos.

Ainda no âmbito do Plano Turismo + Sustentável 20-23, o Turismo de Portugal celebrou um protocolo com o Fundo Ambiental para incrementar as competências dos profissionais do setor do turismo, alavancar iniciativas e dinâmicas já existentes, dar visibilidade a boas práticas e inspirar todos a fazer melhor, para alcançar melhores resultados em termos de receitas, da satisfação dos turistas e da preservação do nosso planeta. Para tal, está disponível um financiamento de 200 mil euros, financiável a 100% pelo Fundo Ambiental, e um prazo de realização até 31 de dezembro de 2020.

Em parceira com AHRESP, Universidade Nova de Lisboa, Federação Portuguesa de Golfe e Conselho Nacional da Indústria de Golfe e Travel without plastics, as ações abrangidas por este protocolo são: 

– Reeducar para uma restauração circular e sustentável;

– As práticas da economia circular nos destinos turísticos do litoral;

– Neutralidade carbónica nos empreendimentos Turísticos

– Construção sustentável em empreendimentos turísticos;

– Eficiência hídrica nos campos de golfe em Portugal;

– Redução do plástico na hotelaria (turismo sem plástico)

O Plano Turismo + Sustentável, coordenado pelo Turismo de Portugal, exige o compromisso de uma estreita articulação entre toda a comunidade relacionada com o turismo, integrando, nos trabalhos a concretizar, as estruturas regionais de turismo do continente e regiões autónomas, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), as associações empresariais do setor, em colaboração, ainda, com as restantes tutelas, entidades públicas regionais e locais cuja atuação também se relacione, direta ou indiretamente, com a atividade turística.