1ª visita e reuniões técnicas dos Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses e aspirantes, no território do Geoparque Algarvensis
A Associação Geoparque Algarvensis (aUGGp Algarvensis) organizou nos dias 13 e 14 de setembro, a 1ª visita e reuniões técnicas dos Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses, incluindo aspirantes a esta designação. Esta iniciativa enquadrou-se no processo de candidatura do território Geoparque Algarvensis à designação de Geoparque Mundial da UNESCO, a entregar junto da Comissão Nacional da UNESCO (CNU), em novembro de 2024.
Foram celebrados no primeiro dia, Protocolos de Cooperação com várias entidades regionais, nomeadamente: a Administração da Região Hidrográfica do Algarve da Agência Portuguesa do Ambiente (ARH/APA), a Associação de Municípios do Algarve – Comunidade Intermunicipal (AMAL), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF – Algarve), a Região de Turismo do Algarve (RTA). Foram, também, celebrados protocolos com os quatro Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses (Arouca, Estrela, Naturtejo e Terras de Cavaleiros). A este propósito, refira-se que o Oeste Geoparque Mundial da UNESCO já havia assinado, no passado mês de abril, o Protocolo de Cooperação com o Geoparque Algarvensis.
O Açores Geoparque Mundial da UNESCO, irá formalmente assinar a parceria com o Geoparque Algarvensis, durante a realização da 17ª Conferência Europeia de Geoparques, nos dias 1 e 5 de outubro, na Islândia.
Quanto ao Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), também esteve presente, estando prevista a assinatura do Protocolo, nos próximos dias.
Foi possível, igualmente, obter o apoio de diversos parceiros, como a Associação IN-LOCO, a Associação de Pescadores de Armação de Pêra, a Associação Recreativa “Unidos da Penina”, o projeto Loulé Criativo, e as suas seis oficinas – Caldeireiro, Casa da Empreita, Olaria, Relojoeiro, Têxteis, Casa do Esparto e Luthier – o Centro Recreativo Cerro do Ouro – Albufeira, a Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável dos Territórios de Baixa Densidade – Algarve (QRER), o Museu Municipal de Loulé e os vários polos museológicos distribuídos pelo território, o Restaurante “Flor da Praça” (Loulé), o Restaurante “Veneza” (Paderne), e de diversos artesãos, artistas, costureiras e pescadores, entre outras comunidades locais. Em todo este processo de candidatura, refira-se o apoio intrínseco dos três municípios que integram o território do Geoparque Algarvensis: Loulé, Silves e Albufeira e, respetivas Juntas de Freguesia, existentes neste território.
O Geoparque Algarvensis recebeu assim ao longo de dois dias, o apoio de 32 individualidades. Estes apoios e parcerias estabelecidas visam contribuir para o reforço do dossier de candidatura, na expetativa do Algarvensis Geoparque poder vir a ser o sétimo Geoparque Mundial da UNESCO, existente em Portugal.Para além das reuniões técnicas muito positivas e profícuas, os participantes tiveram oportunidade de participar na Festa das Tradições, em S. Bartolomeu de Messines, conhecer artesãos locais, incluindo a artesã que produziu as peças de ofertas aos visitantes (Lilia Lopes), as infraestruturas da Associação Algarvensis (sede), assim como o emblemático Info Center – Loulé do Geoparque Algarvensis, localizado no Mercado Municipal de Loulé, muito apreciado pelos convidados. Este spot Informativo do Geoparque, foi entendido pelos convidados como um verdadeiro exemplo a seguir, na Rede Mundial de Geoparques. Este foi um momento especial da visita, dado o conteúdo do mesmo e a participação emotiva de habitantes locais que tiveram oportunidade de conversar com os representantes dos Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses. Foi assim possível, dar a conhecer em detalhe os fatos das Marchas Populares da Aldeia da Penina, que demonstram um claro sentido de pertença por parte da comunidade local e na apropriação da Jazida do Metoposauros, existente na Rocha da Pena (Loulé).
Esta visita e reuniões técnicas por parte dos representantes dos Geoparques Mundiais da UNESCO Portugueses, foram considerados pelos mesmos como “uma verdadeira partilha e troca de conhecimentos, princípios básicos de um verdadeiro trabalho em rede”, expressando unanimemente a repetição desta iniciativa, em 2025.
O Geoparque Algarvensis tem uma área territorial com limites bem definidos coincidentes com os limites administrativos dos Conselhos de Loulé, Silves e Albufeira, possuindo um património geológico de grande relevo a nível nacional e internacional, aliada a uma estratégia de geoconservação e, integrando um conjunto de políticas de educação e sensibilização ambiental. Visa, deste modo, a promoção de um desenvolvimento socioeconómico sustentável baseado em atividades de geoturismo, envolvendo as comunidades locais e contribuindo para a valorização e promoção dos produtos locais.
Oficializado em 2019, como aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO junto da CNU e, com assento, enquanto membro observador, na Rede de Geoparques Mundiais da UNESCO Portuguesa, iniciou, de imediato, um trabalho de sensibilização junto das populações locais sobre o conceito de Geoparque em todo o seu território, fazendo jus ao slogan “um geoparque antes de o ser, já deve trabalhar como tal”. A Associação Geoparque Algarvensis, foi criada formalmente, enquanto uma Associação Privada sem fins lucrativos, em dezembro de 2023.