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Aprontamento do dispositivo especial de combate a incêndios rurais da região do Algarve arranca com programa de treino operacional

Na passada terça-feira, 12 de março, arrancou o programa de treino operacional para as forças de empenhamento permanente do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) do Algarve, no âmbito do processo de aprontamento que vai decorrer nos próximos dois meses e que visa o aperfeiçoamento técnico das Mulheres e Homens que, agora se preparam para um período habitualmente mais exigente, caraterizado pelo aumento do número de ocorrências e o adverso desenvolvimento de incêndios.

São 26 ações de treino operacional que vão chegar a cerca de mil operacionais, de todos os Corpos de Bombeiros da região, às Equipas de Sapadores Florestais, à Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR) e aos Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC) e culminará num exercício de larga escala de 48 horas, que simula um grande incêndio rural entre os concelhos de Loulé e de Silves, nos dias 13 e 14 de maio.

Os temas a abordar neste programa abrangente e inclusivo, centrado na interoperabilidade, vai alcançar toda a linha de resposta no combate aos incêndios rurais, nomeadamente nas diferentes dimensões do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e na aplicação dos níveis de atuação do Sistema de Gestão de Operações (SGO) – estratégico, tático e de manobra, desde o ataque inicial, passando pelo ataque ampliado e até à reposição da normalidade.

Pretende-se assegurar uma eficaz e eficiente resposta do dispositivo dedicado, correspondendo aos exigentes indicadores de desempenho no despacho precoce para uma chegada rápida e diferenciada, contributos essenciais para a resolução célere de eventuais ocorrências, priorizando a segurança das forças e a salvaguarda das populações e tendo por base o processo de lições aprendidas.

No que concerne à coordenação, comando e controlo, serão realizadas ações para os elementos de comando, oficiais e graduados dos Corpos de Bombeiros e Coordenadores Municipais de Proteção Civil, que desempenham um papel central na dinamização do SGO, ao longo das diferentes fases de desenvolvimento da organização na gestão das operações de supressão e de sustentação logística.

A preparação dos chefes das equipas de intervenção, dos diferentes Agentes de Proteção Civil envolvidos, inclui ainda técnicas de liderança e motivação, exploração da rede SIRESP-Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, procedimentos perante comportamento extremo do incêndio, com particular destaque para as áreas de interface urbano/rural, bem como a interação com a Polícia Judiciária na preservação de vestígios.

No nível tático e de manobra, as equipas das diferentes forças, vão aperfeiçoar técnicas de combate com ferramentas manuais e mecânicas, condução de veículos táticos, manobras de supressão, entre outros aspetos relevantes na dinâmica de um teatro de operações.

Também os operadores de máquinas de rastos e os responsáveis setoriais pelo seu empenhamento terão uma jornada técnica dedicada ao seu enquadramento no esforço de supressão dos incêndios.

Paralelamente, serão treinadas, ao nível dos Municípios da Região, as dimensões do apoio psicológico e social de emergência com a instalação de Zonas de Concentração e Apoio à População (ZCAP) e da comunicação e informação pública, de acordo com o Sistema Nacional de Monitorização e Comunicação de Risco, de Alerta e de Aviso à População.