Cultura

Geopalcos propõe dança, cinema, pássaros escritores e concertos inéditos para os próximos fins de semana

O próximo fim de semana promete uma agenda preenchida no interior de Loulé, não só por integrar o Dia de Portugal, a 10 de junho, mas também porque o Geopalcos já está no terreno em força.

O programa arranca com cinema na escola em Alte, com o “Bora Lá… à Escola Cineastas”, no dia 9 de junho, sexta-feira, entre as 14h30 e as 16h30. O local é a Escola Profissional Cândido Guerreiro em Alte – Loulé, e as curtas apresentadas foram produzidas pelos alunos da instituição, no âmbito do Cinekids organizado conjuntamente pelo Loulé Film Office e a Divisão de Educação da Câmara Municipal de Loulé. 

No dia seguinte, sábado, é a vez de Querença receber uma performance, com “Leva-me ao céu”, pela ArQuente, às 20h00. Um trabalho ligado à dança, ao corpo, à coreografia e à ocupação do espaço, em que nada é convencional, mas simultaneamente, nada é estranho. “A imensidão acolhe-nos e mostra-nos o que queremos e conseguimos ver. Atravessamos a paisagem e vivemo-la dentro de nós mesmos”, descreve a ArQuente, antecipando o espetáculo de dia 10 de junho.

Já no domingo, dia 11, é a vez do Barranco do Velho acolher a performance “O Pássaro Escritor”, pela associação Figo Lampo. “O Pássaro Escritor” é um espetáculo dirigido a crianças e famílias, que junta textos de grandes escritores a obras de grandes compositores, aliando a música à poesia. Para ver e ouvir às 11h00, na Igreja do Barranco do Velho.

Também a 11, arranca “Interferências”, oficina de pesquisa e criação coreográfica, com autoria de Ana Borges. O trabalho decorre na aldeia da Tôr, em Loulé, com término a 17 (inscrições cinereservas@cm-loule.pt, máximo de 15 pessoas). Ana Borges abraça a relação da dança com espaços não convencionais, seguindo uma estética ligada aos movimentos de dança americana dos anos 60/70 do séc. XX. A oficina vai assim desenhando uma estrutura coreográfica que resulta numa performance final, a 18 de junho, que terá lugar na Ponte Medieval da Tôr.

Ainda no domingo, mas à noite, às 21h30, o Geopalcos estará em Salir, com um concerto do cantautor Luís Galrito, que apresentará o seu álbum mais recente, “Nós e os outros”, na Igreja Matriz de Salir. “Quandos nós, povos de cá, dermos as mãos a outros, povos de lá (resto do Mundo) e em solidariedade formos apenas um só no caminho da libertação de qualquer elite de opressão, venha ela de lá ou de cá, seja ela por saque de recursos naturais, por territórios, ou pelo negócio lucrativo das armas, quando não permitirmos que nos dividam, quando formos apenas um nós, e defendermos o direito à autodeterminação de todos os povos (tanto os de cá como os de lá) e nos permitirmos ser apenas uma só família humana, quando o poder do amor superar o amor ao poder, quem sabe teremos finalmente paz no Mundo?”, questiona o músico e compositor. Nós e os outros é um álbum composto, produzido e interpretado por Luís Galrito, num espetáculo a não perder.

No fim de semana seguinte, o de 17 e 18 de junho, o Geoparque Algarvensis estará também em festa. Que o diga a aldeia da Penina, que reedita a 17 de junho o “Penina em Festa”, um dia pleno de atividades nesta aldeia tão característica, próxima de Salir. O programa começa às 09h00, com caminhadas, e inclui ainda workshops sobre como fazer cerveja artesanal ou montar a cavalo, entre outros, e ainda exposições, animação de rua e concertos, com duas bandas a reter, os In Versus e os Urze de Lume, a partir das 21h30.  

Em Silves, também a 17, mas à noite, é a vez de Silves acolher um concerto inédito com dois grandes mestres da guitarra. É no Moinho do Rodete, pelas 21h30, espetáculo que junta – de novo – Vítor Bacalhau e Ricardo Martins, eles que em 2021 tocaram juntos numa pedreira em Silves e que agora se chamam Terra Sul. Desta vez, à música juntam a dança, com a participação da Associação Cultural Dancenema. Um espetáculo em que os corpos vão poder exprimir no palco as ondas sonoras deste casamento entre a guitarra portuguesa e a guitarra blues.

A 18, em Loulé, mas na Varjota, há caminhada logo pela fresca, às 8h00. Fazemos um percurso geológico nos Campos de Lapiás da Varjota, numa oportunidade a não perder para conhecer o nosso património geológico. O passeio, com uma duração de 3 horas e meia, e uma distância total de 8kms, requer inscrição, através do email museu@cm-loule.pt.

E ainda em Loulé, também a 18, mas pelas 19h00, Ana Borges apresenta a Performance Interferências_vol.7 [Ponte Medieval da Tôr_Loulé], um evento de dança com a participação da comunidade local que se desenrola ao ar livre, em plena ribeira junto à Ponte da Tôr.

Recorde-se que o Geopalcos é uma iniciativa bianual que envolve as três autarquias promotoras da candidatura do aspirante Geoparque Algarvensis a Geoparque da UNESCO e que leva ao interior do Algarve múltiplas atividades culturais, incluindo as artes visuais e as artes performativas.