Para assinalar o Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro), o Município de Loulé promoveu uma ação de plantação na aldeia da Tôr, que contou com o envolvimento de duas instituições de solidariedade social do concelho de Loulé, tendo como principal objetivo sublinhar a importância das espécies originárias do território para a sustentabilidade dos ecossistemas.
A Existir, com 21 utentes e pessoal auxiliar, e a UNIR, com 12, associaram-se a este momento em que, num terreno do barrocal algarvio, na aldeia da Tôr, foram plantadas 18 árvores de pomar misto de sequeiro: 4 loureiros, 4 oliveiras, 3 alfarrobeiras, 3 amendoeiras, 2 figueiras e 2 romãzeiras. Promovida pelo Município de Loulé, tratou-se de uma iniciativa que, uma vez mais, pretendeu assinalar a importância da conservação das florestas naturais para o equilíbrio ambiental.
Enquadrada no desiderato da Câmara Municipal de Loulé de, nos próximos anos, pintar de verde o seu território com milhares de árvores, esta ação segue os pressupostos de que é fundamental envolver toda a comunidade neste objetivo de preservação do património natural, uma riqueza que é de todos.
O Dia da Floresta Autóctone foi escolhido como alternativa ao Dia Mundial da Floresta (21 de março), criado originalmente para países do norte da Europa, que têm nessa altura melhores condições para a plantação de árvores. Na Península Ibérica, as condições climatéricas do mês de novembro, com temperaturas mais baixas e alguma precipitação, são mais favoráveis para a plantação de árvores.
As Florestas Autóctonescaracterizam-se por possuírem uma grande área de árvores nativas do próprio território e são de extrema importância, uma vez que servem como área de refúgio e reprodução de um grande número de animais, importantes para o equilíbrio da fauna e flora locais. São também mais resistentes a pragas, doenças e períodos de seca ou chuvas intensas, ajudando por isso a manter a fertilidade do espaço natural e o equilíbrio biológico das paisagens.
Neste sentido, e considerando que a azinheira o sobreiro são as únicas espécies protegidas em Portugal, pretendeu a Câmara Municipal de Loulé deixar claro que, para além destas, há outras espécies que potencialmente poderão vir a ter esta classificação, como é o caso das que foram ontem plantadas na Tôr.
Numa altura em que se colocam cada vez mais os problemas de escassez de água, a aposta nas espécies autóctones traduz-se numa maior resiliência às alterações climáticas. Para promover estas espécies, a Câmara Municipal de Loulé tem levado a cabo importantes iniciativas, com destaque para os protocolos celebrados com o ICNF, a associação ao projeto “Life Terra”, a criação do “Condomínio da Aldeia” ou a participação na rede europeia SUDOE-REMAS.