Turismo do Algarve parte em missão a Marrocos e Cabo Verde para responder à falta de recursos humanos em Portugal
A Região de Turismo do Algarve (RTA) e a Missão em Portugal da Organização Internacional para as Migrações (OIM Portugal) realizam visitas de intercâmbio a Marrocos, de 05 a 08 de julho, e a Cabo Verde, de 12 a 15 de julho, para promoverem a boa gestão da migração laboral e a rápida resposta à contratação de recursos humanos para o setor do turismo no Algarve.
Estas visitas de intercâmbio têm como principal objetivo o desenvolvimento de programas de migração laboral, no sentido de responder rapidamente à procura de mão-de-obra qualificada para setores onde existe uma maior carência (turismo e agricultura), tendo em conta as necessidades dos empregadores e a criação de caminhos seguros para a migração de possíveis trabalhadores estrangeiros.
O presidente da RTA, João Fernandes, sublinha que «a falta de mão-de-obra é, atualmente, a principal dificuldade do turismo algarvio e, com estas ações com a chancela da OIM Portugal, esperamos abrir as portas para mitigar diferentes problemas ao nível do recrutamento. Nomeadamente, através a regulação de acordos de mobilidade que assegurem boas oportunidades para trabalhadores migrantes e que certifiquem o respeito pelos direitos humanos, combatendo o risco de exploração laboral e a exposição a riscos de tráfico humano».
Durante as visitas, a RTA irá assumir um papel fulcral na colaboração em áreas como o acompanhamento da implementação do projeto e definição de estratégias de trabalho no Algarve, em conjunto com associações setoriais do turismo e atores locais, na identificação e facilitação de contactos de empresários/empregadores interessados em participar no projeto, bem como na identificação das principais necessidades de mão de obra e constrangimentos do setor turístico no recrutamento de migrantes.
A visita a Marrocos e Cabo Verde ocorre na sequência de uma sessão de informação já realizada no início do ano no âmbito do projeto «Promoção de uma Boa Gestão da Migração Laboral para Portugal», cofinanciado pelo Fundo Asilo, Migração e Integração (FAMI), da União Europeia.
Este projeto envolve diferentes entidades nacionais e estrangeiras, contando com a participação de instituições sediadas em Portugal como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação dos Horticultores, Floricultores e Horticultores dos Municípios de Odemira e Aljezur (AHSA) e empresas do setor da agricultura.