Economia

339 famílias apoiadas em Lagos no âmbito do 1.º Direito

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) assinou ontem um Acordo de Colaboração com o município de Lagos para a respetiva Estratégia Local de Habitação no âmbito do Programa 1º Direito.

O acordo ontem assinado permitirão dar resposta a 339 famílias a viver em situações indignas de Habitação, aos quais acrescem 60 agregados a salvaguardar junto dos beneficiários diretos.

No município de Lagos, o investimento global feito pelo IHRU será de 18 milhões de euros, sendo que 10,26 milhões são a fundo perdido.

As modalidades de soluções habitacionais previstas passam por: reabilitação de frações ou de prédios habitacionais, construção de prédios ou empreendimentos habitacionais e arrendamento de habitações para subarrendamento.

A cerimónia de homologação, que decorreu online, contaram com a intervenção da secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, e do secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho.

Marina Gonçalves explicou que o Primeiro Direito é uma das grandes prioridades do Governo, “que vem desde a anterior legislatura”, sublinhando que “nunca como hoje houve esta necessidade de uma resposta transversal”.

Reforçando que o Plano de Recuperação e Resiliência “dá uma oportunidade acrescida para estas políticas”, uma vez que garante o financiamento a 100% a fundo perdido para as primeiras 26 mil soluções habitacionais, o que permitirá que “os municípios se desonerem do esforço que lhes era exigido no âmbito do Primeiro Direito”.

A secretária de Estado da Habitação acrescentou ainda que “os problemas de habitação vão hoje muito para além da intervenção tradicional do Estado junto dos mais carenciados, atingindo as populações de rendimentos intermédios”, o que obriga a que a resposta do Estado “evolua também para uma resposta para estas famílias de classe média, através da reabilitação e construção do património devoluto do Estado” – um caminho que permitirá criar novas respostas para esta população, no âmbito das rendas acessíveis.

Por seu lado, o secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local lembrou que este é um projeto a “quem ninguém pode ficar indiferente, ainda por cima quando há financiamento garantido”. Jorge Botelho sublinhou ainda que “o emprego é o maior factor de coesão social, mas que associado ao emprego temos de ter a questão da habitação, porque a alocação de emprego em determinado território é também determinado pelas condições de habitação”.

Com a assinatura de hoje são já 52 os municípios com Acordo de Colaboração no âmbito do Programa 1º Direito assinado.